
Hoje fui ao cinema ver o clássico Alice no País das Maravilhas, que alias recomendo a todos a assistirem. Foi extremamente gratificante assistir esse filme. Me fez lembrar de minha infância e a chegar as lágrimas lembrando de cada bom momento. Lembrei de quantas vezes ouvi, assisti ou li sobre esse conto e vários outros contos. E em poucos segundos passou um filme em minha mente das noites, quase todas de minha infância, em que eu ouvia uma historia antes de dormir. As vezes era meu avô, outras vezes minha avó ou minha mãe e as vezes mesmo trabalhando a noite e sempre correndo meu pai. Cada dia era uma diferente, mas tinha algumas noites que eu pedia que repetisse aquela mesma historia da noite passada. Nunca saia igualzinha, mas eu corrigia sempre que via um detalhe diferente.
E assim eu cresci... E ainda pequena mas me sentindo uma adulta, pois era a filha mais velha, comecei a fazer o mesmo com minhas irmãs. Todas as noites contava uma diferente, e como sempre minhas irmãs pediam que eu repetisse a da noite anterior, assim como eu pedia quando contavam para mim.
Nem sabia o que era licença literária, mas já usava. Chapeuzinho vermelho não era só vermelho. Minhas irmãs podiam escolher a cor que quisessem que na hora saia uma historinha diferente e assim elas podiam, assim como eu, ter uma bela noite de sonhos e fantasias.
Meus pais sempre me presenteavam com livros de grandes clássicos. Claro que naquela época nem dei tanta importância em ser ou não um clássico. Mas eu amava abrir aqueles livros e me sentir no lugar dos personagens. Tentar imaginar o que eles estavam passando. Sentir pena, odio, chorar, amar.
Dizem por ai que tempo bom não volta mais... Será?
Claro que jamais vou olhar para um conto como eu olhava aos meus 3 anos de idade. Mas será que minha analise agora de uma pessoa adulta vai mudar tanto assim?
Será que não irei sonhar da mesma forma que eu sonhava?
Não podemos jamais tirar isso das crianças... Nem dos adultos!
Viva o País das Maravilhas!